quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Movimentos da luta pela terra ocupam órgãos do governo em Alagoas

No início da tarde desta terça-feira (23), mais de mil famílias de trabalhadores rurais dos movimentos da luta pela reforma agrária no Estado, dividiram-se em ocupações às sedes do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), na Secretaria do Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Agrário de Alagoas (Seagri), e na sede da Eletrobras, no bairro do Farol.
As reivindicações são em continuidade à Jornada Nacional de Lutas da Via Campesina, que ocorre também em outros estados do país. Em Brasília, mais de 4 mil trabalhadores sem terra ocuparam na manhã desta
terça a sede do Ministério da Fazenda. Dentre as pautas de reivindicação do movimento nacional estão à dívida de pequenos agricultores, que chega à R$ 30 bilhões e a retomada imediata das negociações entre governo e o movimento pela reforma agrária, como a recomposição do orçamento do Incra para a aquisição de terras e a elaboração de um plano emergencial para o assentamento de famílias que estão acampadas.
Em Alagoas, além da mobilização na capital alagoana, cerca de mil trabalhadores do MST, MTL, CPT e MLST ocuparam também o Complexo de Paulo Afonso da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf). Os movimentos cobram do governo alagoano a destinação das terras do falido banco estadual Produban para fins de Reforma Agrária e medidas estruturantes para os assentamentos, como estradas, abastecimento de água, escolas e unidades de saúde nas áreas, além da valorização da educação do campo e um programa de agroindustrialização.
Uma comissão de trabalhadores rurais está em audiência com a direção da Eletrobras, na Avenida Fernandes Lima, no Farol, para que as reivindicações sejam apresentadas. De acordo com assessoria do MST Alagoas, as negociações atingem as pautas locais e nacionais, e objetivo das ocupações é de pressionar os governos dos Estados e o governo Dilma para a urgência de efetivar a política de reforma agrária no país.
O Primeira Edição tentou contato com a superintendente do INCRA em Alagoas, Lenilda Lima, mas até o fechamento dessa edição, o contato não foi efetivado.
Primeira Edição

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