quarta-feira, 16 de maio de 2012

Vereador de Murici incentiva conflitos em acampamento Sem Teto do MTL



Vereador de Murici incentiva conflitos em acampamento Sem Teto do MTL


Com a conquista de 350 habitações, Cardoso Batista tenta tirar proveito político.


 


Após quatro anos morando em barracas, cerca de 300 famílias Sem Teto do Acampamento Margarida Alves - também conhecido como "Portelinha" - na cidade de Murici, finalmente terão as casas construídas. Um pacto foi selado em reunião há 15 dias entre o MTL, uma comissão do Acampamento e o Prefeito Remi Calheiros. As divergências foram colocadas de lado e, finalmente, chegou-se a um acordo para o início das obras de 350 habitações. Não é ser da situação ou oposição. É a demanda das famílias - disse Alisson Bezerra!


Pela prefeitura falou-se da impossibilidade de início da obra com as famílias dentro do terreno. Com a retirada poderia concluir as casas até setembro, aproveitando empresa com estrutura já instalada no município. O MTL apresentou as dificuldades para retirada dos acampados, pois, o terreno apresentado pode alagar com as chuvas. Também foi acertado uma infraestrutura básica como a limpeza da área provisória, energia e água, lona e madeira, checagem dos nomes cadastrados. Compromissos  foram assumidos entre as partes.


Com o indicativo de acordo, o MTL fez  assembleia no acampamento, aprovando os encaminhamentos e a mediação da promotoria da cidade, dando garantias para as famílias cadastradas. "com esse avanço, o empresário Plínio Batista levou vinte pessoas do acampamento para a casa de seu irmão vereador Cardoso, onde foi planejado um bloqueio da BR, agressão às lideranças e incentivo para famílias não saírem do terreno, acusando a coordenação do Acampamento de ter se vendido" denunciou Antônio Alves da Coordenação, vítima, que promete processar os autores da difamação. 


Orientado pelos irmãos Batista, esse grupo ameaçou as pessoas ligadas ao MTL para ter controle e fazer uso político da situação. O Movimento solicitou audiência com o Promotor com a presença do Centro de Direitos Humanos da PM e a prefeitura. Foi esclarecido o acordo e a tentativa de gerar conflitos por interesses alheios à luta dos trabalhadores. Os tumultuadores se apresentaram com um grupinho liderado por uma pessoa por codinome "Xuxa", com resistência em revelar o nome, alegando ter perdido os documentos, o que levantou suspeita.


Por acaso, descobriu-se que  "Xuxa"  morava num assentamento em Maragogi, chama-se Ivanildo Monteiro dos Santos, conhecido por "Búzio". Segundo a fonte, ele foi preso na delegacia de São José da Coroa Grande, Pernambuco, por espancar sua esposa em 2004 em supermercado. No memento do flagrante estava portando resolver. Após três dias na delegacia foi para o presídio. Cumpriu três anos de pena e, após livrar-se da prisão para responder em liberdade fugiu da região e abandonou a família. Escondeu-se em Murici.


Desde então, Ivanildo ou "Búzio", tem sido orientado por Plinio Batista, passou a negar os documentos e, para não ser reconhecido, mudou o apelido para "Xuxa" e estar infiltrado no sem Teto, onde nunca fez cadastro por omissão de dados pessoais. Organizou um grupo com facões para "riscar" nas portas, ameaçando quem não o apoiava com expulsão. Para o azar dele, alguém de Maragogi, o reconheceu e o denunciou sem se identificar. A coordenação do MTL comunicou os fatos às autoridades da cidade para averiguações dessas suspeitas.


(Por MTL/AL)


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