segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Forjando a armadura

Rudolf Steiner
 

Nego-me a submeter-me ao medo.
Que me tira a alegria de minha liberdade.
Que não me deixa arriscar nada.
Que me torna pequeno e mesquinho.
Que me amarra.
Que não me deixa ser direto e franco.
Que me persegue que ocupa negativamente
minha imaginação.
Que sempre pinta visões sombrias.
No entanto não quero levantar barricas por medo do medo.
Eu quero viver, e não quero encerrar-me.
Não quero ser amigável por ter medo de ser sincero.
Quero pisar firme porque estou seguro
e não para encobrir meu medo.
E quando me calo, quero fazê-lo por amor.
E não por temer as conseqüências de minhas palavras.
Não quero acreditar em algo só pelo medo de não acreditar.
Não quero filosofar por medo de que algo possa
atingir-me de perto.

Não quero dobrar-me, só porque tenho medo de não ser amável.
Não quero impor algo aos outros pelo medo de que possam impor algo a mim.
Por medo de errar, não quero tornar-me inativo.
Não quero fugir de volta para o velho, o inaceitável.
Por medo de não me sentir seguro no novo.

Não quero fazer-me de importante por temer que, do contrário, seria ignorado.
Por convicção e amor, quero fazer o que faço.
E deixar de fazer o que deixo de fazer.
Do medo quero arrancar o domínio e dá-lo ao amor.
E quero crer no reino que existe em mim.


publicado em: agriculturaalternativa.com

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