quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Programa de Governo da Província de Angola concede crédito aos comerciantes que adquirir a produção do campo

Comércio rural cresce na Huíla

O escoamento dos produtos agrícolas do campo para os mercados vai, brevemente, ser processado com mais rapidez e em quantidade com a execução do Programa de Promoção de Comercio Rural (PPCR) que visa conceder crédito aos comerciantes, disse ao Jornal de Angola, o vice-governador da Huíla para área Económica.
Sérgio da Cunha Velho acredita

no êxito do programa criado pelo Executivo e nos resultados positivos a serem alcançados pelos pequenos e grandes agricultores assim como pelos antigos e novos comerciantes. Os produtores das várias zonas agro-pecuárias da província passam com a execução deste programa “a se ocupar exclusivamente da lavoura”.
Até ao momento, afirma o vice-governador, os agricultores exercem as tarefas ligadas a produção e a de comerciantes dos alimentos, facto que tem criado constrangimentos a vida dos homens do campo. “A vida de comerciante implica procurar bons mercados, dominá-lo, fazer boas parcerias e empenhar-se à venda dos alimentos. Há gente que não tem muita paciência para isso”.
O propósito do programa é de extrair o excedente agro-pecuário dos camponeses, agricultores, criadores de animais e outros.
Segundo o governante, os estudos preliminares sobre os operadores feitos em vários pontos da província da Huíla determinaram 230 comerciantes na área grossista e retalhista, respectivamente, a serem envolvidos neste processo.

Argumentou que a reactivação dos centros de consumo e agro-industriais capacitados para absorver e transformar os produtos hortofrutícolas, são prementes para a capitalização dos camponeses e agricultores, fomento do cultivo em quantidade e qualidade e repovoamento animal.
O vice-governador para área Económica, fez saber que os municípios do norte constituem o celeiro da província, por estar em reactivação as zonas antigamente consideradas como triângulo do milho, notadamente em Caluquembe, Chicomba e Caconda e, haver também produção considerável diversificada na Humpata, Quipungo, Cuvango e Matala.

Bancos já têm recursos
Os bancos comerciais operadores do Programa de Promoção do Comercio Rural, já têm disponíveis os recursos financeiros para o inicio da actividade com os grossistas e retalhistas da província da Huíla, estando o valor para o crédito quantificado em dois milhões e 400 mil dólares.
A coordenadora provincial de Micro-Finanças do BPC na Huíla, Prudência Agustina disse, terça-feira, que já estão disponíveis para cobrir as despesas, nesta primeira fase, um milhão de dólares.
Os comerciantes com o expediente organizado podem recorrer ao banco para inicio da avaliação das propostas.  A medida que aumentar a aderência e os comerciantes exercerem a actividade com responsabilidade para o sucesso do programa, o Banco de Poupança e Crédito vai disponibilizar mais recursos. Prudência Agustina garantiu que as taxas a serem aplicadas por cada financiamento são bonificadas e os prazos negociados.
O Banco Sol e o Banco  Africano de Investimentos têm disponível um milhão de dólares e 400 mil dólares, respectivamente. Os especialistas destas instituições estão mobilizados para prestar assistência técnica aos empresários organizados para o recurso ao crédito impulsionador do comercio rural.  Por sua vez, o director provincial do Comércio na Huíla, Fernando Calola, informou que já se averiguou o estado actual das infra-estruturas dos estabelecimentos comerciais das zonas rurais da província e, apurou que apesar das melhorias necessárias em alguns imóveis, há condições de funcionamento.
De acordo com o director, três equipas técnicas foram constituídas para prestar acessória aos comerciantes dos municípios. Os técnicos vão estar disponíveis para a correcção de certas práticas prejudiciais a actividade comercial, identificar problemas e superá-los, entre outras questões.

Agricultores mais animados
O crédito a ser disponibilizado aos comerciantes através do Programa de Promoção do Comercio Rural (PPCR), anima os agricultores com parcelas de terras lavradas em vários pontos da província da Huíla, por solucionar o dilema do escoamento dos produtos registado principalmente na época das safras.  Francisco Domingues explora as terras férteis ao longo do perímetro irrigado da Matala, onde cultiva enormes quantidades de batata rena e hortaliças.
Explicou que os produtores já estão preocupados com o escoamento da batata, tomate e repolho que está neste momento a ser colhida nas zonas produtivas do município.
O agricultor considerado como um dos maiores produtores do tubérculo da localidade em referência, revelou que está prevista a colheita de sete mil toneladas de batata rena produzidas em 456 hectares irrigados regularmente pelo canal de irrigação da barragem da Matala. Estas quantidades, disse Domingues, leva a cada produtor a procurar mercado para escoar os alimentos do campo, facto que as vezes se torna difícil devido a concorrência com o produto importado. A dificuldade de escoamento faz com que a batata e outros se deteriore, significando perdas avultadas aos agricultores.
Defende que a salvação está no Programa de Promoção do Comercio Rural concebido para financiar os comerciantes que vão adquirir o excedente e encaminhar aos mercados de vários pontos do país com o fim de comercializar. A iniciativa do Executivo vem em boa altura pela razão da produção agro-pecuária aumentar a cada ano.
Feliciano Miguel, um produtor com enormes espaços com plantações de tomate nas proximidades do rio Giraúl, na província do Namibe, considera oportuno a aquisição de veículos com sistemas de frio para transportar em condições adequadas a batata e hortaliças.  “É preciso financiar a compra de camiões  com câmaras frigorificas para evitar que sejam expostos ao sol ou calor os produtos do campo com pouca resistência”, afirmou Feliciano Miguel, tendo exortado aos comerciantes maior dinamismo, empenho e necessidade de trabalhar com gosto e destreza.
Miguel, esperançado com o desenvolvimento agro-pecuário, afirmou que materialização do programa, desafoga um pouco as actividades dos agricultores e separa as tarefas de lavoura e de comerciante. Vamos agora prestar mais atenção ao processo produtivo e diversificação das culturas.
O produtor apelou as unidades hospitalares, instituições com refeitórios como clubes desportivos, lares de estudantes, centros infantis, forças da defesa e segurança, fabricas e outros, a aliar-se ao programa para dar maior dinâmica a absorção da produção nacional destinada ao consumo.
O Executivo, sublinhou Feliciano Miguel, criou um projecto que vai valorizar cada vez mais os produtos nacionais, encoraja a todos os produtores a prosseguir, motiva o aumento das áreas de cultivo, um facto que exige a participação e entrega de todos os cidadãos com visão de fortalecimento e desenvolvimento produtivo.

Jornal de Angola Online

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