quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Trabalhadores Sem Teto do MTL ocuparam prefeitura de Murici


Cerca de 400 trabalhadores sem teto coordenados pelo MTL, Movimento Terra Trabalho e Liberdade, ocuparam a sede da prefeitura de Murici, em protesto contra a morosidade na construção das casas populares para as famílias que estão no Acampamento Margarida Alves, também conhecida como Portelinha, e pela falta de assistência e de acesso a serviços essenciais.

A ocupação teve inicio por volta das oito horas dessa última terça (17). O grupo exigia tratar de uma pauta mínima com o chefe do executivo, prefeito Remi Calheiros, como urgência no início da contrução das casas para as famílias que acampam no terreno da prefeitura há quase seis anos; também solicitaram serviços básicos como a regularidade no fornecimento de água de consumo humano e garantias do poder público para que as famílias possam acessar ou recadastrar o benefício do Programa de distribuição de renda e combate á miséria o Bolsa Família, pelas dificuldades de comprovação de endereço;

Outra reclamação foi a denúncia de preconceito na saúde pública em Murici contra os sem teto. As famílias estão sendo privadas do atendimento nos postos e hospital quando se declaram residente do acampamento Margarida Alves. O caso foi encaminhado para o Ministério Público do município para apuração dos fatos e garantia ao direito constitucional de acesso à saúde.

Como já houve vários cadastros desde as chuvas de 2010 que desabrigou milhares de pessoas em cidades que margeiam o vale do Paraíba, o MTL solicitou à prefeitura da cidade uma cópia dos cadastros realizados com a relação de nomes e endereços das famílias cadastradas para habitação popular. A coordenação do Movimento quer checar se as famílias acampadas estão contepladas no cadastro e também para monitorar a distribuição dessas habitações evitando o uso eleitoreiro nesse ano de eleições.

Depois de notícias que o prefeito estaria de viagem, Os manifestantes foram recebidos pelo secretário de infraestrutura do município. Este garantiu que em 30 dias as obras iniciarão e ficou agendado uma reunião com o prefeito na próxima terça no dia 24. Diante dessa resposta e agenda os manifestantes desocuparam a prefeitura.

O MTL enviará - ainda esta semana - oficio ao MPF para requerer mais transparência e controle social nas obras de reconstrução das cidades, sobretudo no que se trata de habitações, requerendo que as prefeituras de municipios atingidos pelas chuvas ou que tenham áreas de riscos e que foram contemplados com dinheiro para cosntrução de habitações, para que coloquem a relação das famílias cadastras com nomes e endereços em locais públicos e de fácil acesso à população, assim como (MPF) recomendou que as prefeituras fizessem com o bolsa família há cerca de um ano.


A coordenação do MTL/AL

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