segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Incra, novos caminhos


João Lyra Neto - Jornalista

A história do INCRA começou com a distribuição de lotes de terras, em Altamira, no Maranhão, ajudando o agricultor e sua família a explorar o seu pedaço de terra. Uma coisa, também, promovida pelo Governo foi à construção da Rodovia Belém-Brasília, com o objetivo de trazer agricultores do Sul para ocupar terras distribuídas pela instituição. Criado com a fusão do INDA com o IBRA, duas instituições que operava nesse setor de exploração agrária, fortaleceu o sistema de distribuição de terras, que começava nessa área do Norte do país. O primeiro presidente do INCRA foi o ex-governador de Pernambuco, José Francisco Moura Cavalcante imbuído no trabalho da instituição no Nordeste, com o total apoio do ex-presidente Emilio Médici.

A desapropriação de terras às margens das rodovias poderia fortalecer o ponto de lista de que o Governo estabelecesse uma política agrária, através do INCRA, condizente com os interesses até do MST, na campanha que vem fazendo para modificar a situação das famílias da área rural, muito especialmente do Nordeste. Seria oportuno discutir com aqueles que não enxergam alem dos seus próprios interesses, o problema da desapropriação das terras largadas ao longo das rodovias. O plano de desapropriação, pelo INCRA, ao que parece, até agora não deu o resultado esperado. Por causa disso as invasões do MST acontecem todos os dias, em propriedades privadas e até, para a solução do problema, na Sede do INCRA e outros Órgãos Federais, como é o caso do Ministério da Fazenda, em Brasília.

  Segundo o novo presidente do INCRA, Celso Lacerda, o INCRA passará por uma reestruturação para reduzir suas atribuições e buscar mais eficiência em sua missão original de controlar a estrutura fundiária do país. O que se pode dizer é que o INCRA, quando foi criado, fez um excepcional trabalho em terras sujeitas á desapropriação. Em face disso, o trabalho aconteceu em muitos Estados. Pernambuco fez um grande trabalho de desapropriação na Usina Caxangá, dentro daquilo que estava evidentemente programado. Entretanto, no seu programa de liberação de terras a coisa não tem correspondido ao trabalho traçado pelos técnicos da entidade. Vamos ver se o novo presidente vai coordenar um trabalho que leve o INCRA ao nível de quando foi criado. Isso é o que prega o novo presidente, imbuído dos melhores propósitos.


Publicação: 19 de Novembro de 2011 às 00:00

Tribuna do Norte

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