segunda-feira, 30 de julho de 2012

Mulher do prefeito de Novo Lino é acusada de linchar eleitora adversária

Com escoriações, a vítima Janequele, acusa a primeira-dama Fernanda Viana pelas agressões. 

 

Uma agressão contra uma eleitora do grupo rival, patrocinada por familiares, incluindo a mulher do Prefeito Everaldo Barbosa (PMN) de Novo Lino, Fernanda Viana, ocorrido durante uma passeata neste domingo (29) quebrou o clima morno das eleições. A temperatura dos ânimos subiu em apenas 16 dias que foram liberadas as atividades eleitorais.

A vítima dessa vez foi a mãe solteira,  Janequele dos Santos, 23, que trabalha em Maceió, mas mantém residência em Novo Lino, onde passa suas folgas. Segundo relatou, estava na rua com seu filho de apenas seis anos e uma amiga grávida de 9 meses, quando, por volta das 18 horas  deste domingo, no centro da cidade, passou um "arrastão" do grupo do atual prefeito, Everaldo Barbosa, que tenta a reeleição e várias pessoas começaram a agredi-la.

"Quando me avistaram, primeiro, a senhora Elma, que é esposa do Secretário de Administração Ednaldo Barbosa  (irmão do prefeito) mais conhecido como Ném, partiu do nada para a agressão. Com o tumulto, para que também não sofressem agressão, pedi a minha amiga grávida que se afastasse com meu filho que ficou transtornado e aos prantos", relatou indignada a vítima.

"Foram muitas contra uma, pois, outras pessoas como a funcionária pública contratada Franciele se somou ao linchamento" denunciou janequele, acrescentando ainda que tem testemunhas até da participação da primeira-dama, Fernanda Viana, na agressão gratuita e de desespero. "Apanhei, fui arranhada no rosto, no braço. Na confusão me tomaram uma máquina fotográfica; joias foram arrancadas de meu corpo e até 50 reais que estava na minha mão desapareceu. Até agora não me devolveram nada. Isso não é política. Everaldo estava presente e não impediu" disse indignada.  

"Toda essa raiva é por que eles sabem que historicamente minha família vota com o Aldemir Rufino, adversário do prefeito", revelou a vítima. Após a agressão sofrida, Janequele procurou a delegacia para registrar ocorrência e ser encaminhada para exame de corpo de delito e não foi atendida. "O policial que me recebeu nem abriu a porta, dizendo que havia 12 presos naquele recinto e que não ia registrar nada, que voltasse outro dia. Voltei hoje (segunda), outro policial me falou que retornasse no dia do plantão do delegado, na quarta, e que deveria chamar as partes para tomar por termo".

Janequele falou ainda que foi orientada para denunciar o caso ao conselho tutelar. "Depois do ocorrido, meu filho não conseguiu dormir e vive assustado chorando. Talvez precise de acompanhamento de um psicólogo" completou revoltada. Sem poder desmentir a agressão, por conta das escoriações, membros da equipe do prefeito nega a participação da primeira-dama Fernanda Viana no episódio, tentando contrariar a versão da vítima que afirma que irá apresentar cinco testemunhas quando registrar a ocorrência.  

Novo Lino deve ser comtemplado mais uma vez com a presença da tropa federal pelo histórico clima de violência em eleições. Em 2008, a cidade foi contemplada com a vigilância federal a quatro dias do pleito, graças ao incidente ocorrido dias antes, quando houve o  encontro entre duas passeatas de candidaturas rivais que ameaçavam se enfrentar. O juiz Alberto Ramos, que passava no local com sua segurança, entrou no meio para tentar impedir o enfrentamento e foi atingido com uma garrafa de vidro na cabeça, sem identificar a autoria.

Conta também como argumento para a presença federal os vários crimes de execussão políticas na cidade, terra do foragido Lula Soares, da guandue da pistolagem, e dos membros da guangue fardada, Everaldo pai de Eloá (responde a crimes de execussão), o foragido  cabo Cição Felizardo e seu irmão Gabriel Felizardo, preso ano passado no Ceará, acusado do assassinato do irmão do ex-governador Ronaldo Lessa.

(fonte: Janequele dos Santos)



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