terça-feira, 17 de julho de 2012

Chuva, alagamento e atraso em entrega das casas causam protestos em Atalaia

Moradores revoltados tentaram ocupar as casas inacabadas e bloquearam a BR 316

A visão do alagamento em rua próxima ao Hospital no Bairro da Chã, na cidada de de Atalaia, relembrou os temporais que destruiram casas, ruas e até cidades, demosntram que os prefeitos não agiram para conter novas catrástrofes e que também não foi cumprida a orientação do MPF para recuperação das matas ciliares dos rios que cortam as cidades. Com a inundação, as calçadas e paredes tavam causando choques nos pedestres que teimaram em trafegar, pois nem a Eletrobrás a Defesa civil da cidade alertou para evitar mortes, o que ainda pode ocorrer. Em algumas casas a água chegou na altura do joelho. Móveis foram elevados e sobrepostos para diminuir as perdas.
A água da inundação, resultado de um dia de chuva que representou vinte cinco por cento do esperado para o mês inteiro, transbordou de um esgoto a céu aberto tão antigo quanto o desprezo e a falta de planejamento da prefeitura, o que acarreta em riscos de saúde e passível de investigação quanto a implantação dos recursos recebidos pela situação de emergência do governo federal.
Com a ausência de ações por parte do poder público para evitar os danos em tempos chuvosos e com os atrasos na entrega das casas, restou para as famílias cadastradas se anteciparem e tentar ocupar as habitações construídas para às atingidas pelas chuvas de 2010/2011. Como a polícia militar impediu a ação, os manifestantes bloqueram as duas "mãos" da BR 316, no perímetro urbano do município que durou cerca de duas horas. Após negociações e propostas de reunião com a Prefeitura para que seja dado prazo de entrega das unidades habitacionais as famílias concordaram em desbloquear, mas se negam ir para abrigos provisórios como prédios públicos pelo tempo que são cadastradas e pelos problemas repetidos a cada ano sem um devido planejamento da prefeitura e da Defesa Civil local.
A prefeitura foi contemplada com pouco mais de mil habitações para quem mora em áreas de risco e foi desabrigado nas últimas chuvas. As famílias temem que o atraso seja por mitivo eleitoral, pois até agora a prefeitura não apresentou a relação das famílias para a Caixa Econômica que desconhece da obra e a data de entrega. Conversas entre a polícia militar e lideranças do MTL na tentativa de desbloqueio da rodovia e para que as casas não fossem ocupadas que a prefeitura informou que entregaria as casas em agosto, bem perto das eleições, o que deve ser acompanhado de perto pelos órgãos fiscalizadores.
Uma das vítimas do alagamento e participante dos protestos disse, sem querer se identificar, que "o que se fala na rua é que políticos da cidade tem cota dessas casas a ser entregues", por isso da demora na entrega das casas (para aproximar das eleições) e das relações que dependiam dos aliados pós convenções. É caso do MPF ficar de olho pois o atraso das casas e da relação das famílias estar atrasada em praticamente todas as cidades atingidas pelas chuvas.

(MTL/AL)

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