Everaldo Barbosa (PMN) já doou parte de 300 terrenos na véspera das eleições.
No dia 14, cerca de 150 sem teto do MTL ocuparam a prefeitura de Novo Lino. A desocupação ocorreu mediante agenda de reunião para o dia 22, na Sede da SEINFRA em Maceió, com as presenças do Secretário Marco Fireman, do Centro de Gerenciamento de Crises da PM, promotora, Defensor público e o prefeito da Cidade de Novo Lino, Everaldo Barbosa (PMN), com uma comissão dos Sem teto.
No dia da reunião o Secretário Marco Fireman, através de sua assessoria, desmarcou a agenda de última hora. A comissão dos sem teto já se encontrava em Maceió. A nova data ficou para esta segunda-feira (28). Para surpresa do MTL, quando a comissão chegou na SEINFRA ( Maceió) às 15 horas, foi surpreendida com a ausência do secretário. O MTL não aceitou tratar o assunto com assessoria e achou um desrespeito do governo do estado, representado por Marco Fireman, que estava se recusando a receber a comissão.
O clima é tenso, pois o coletivo do MTL na Cidade acusa Everaldo Barbosa de usar policiais-seguranças para ameaçar as famílias de despejo e de cometer crimes diante de autoridades. Além de descumprir acordo mediado pelo Desembargador James Magalhães que homologou a compra do terreno em 2008 junto à prefeitura, a ex-proprietária e o MTL, dando direito da famílias permanecerem no terreno e pondo fim ao despejo.
"Everaldo perdeu prazo para elaboração do projeto em todo seu mandato, e nas vésperas das eleições, está doando trezentos terrenos cometendo crime eleitoral, o que pode desiquilibrar a disputa por uso da máquina pública, mesmo com candidatura duvidosa" - disse uma liderança dos sem teto. Segundo ele, a doação de imóvel público não foi aprovada na câmara de vereadores . Outra moradora sem teto denunciou, temendo se identificar, que "a equipe do prefeito estaria exigindo título eleitoral para formular o contrato de doação".
Técnicos da Caixa Econômica Federal ao checar análise de permeabilidade do solo descartou uma parte do terreno para habitações pela capacidade de encharcamento em tempos chuvosos - esse espaço também é alvo de doação. Para complicar ainda mais a ação, a Defesa Civil Estadual fez uma vistoria numa rua onde foram construídas casas irregularmente e apontou sérios riscos de desabamentos, caso a prefeitura não aja para acontecer uma catástrofe. No relatório de abril, os técnicos apontaram para um estudo geológico para orientar a prefeitura sobre sua expansão urbana.
Everaldo Barbosa, após a ocupação na prefeitura passou a recolher os papéis da cessão criminosa, tentando apagar provas da ilicitude, dizendo que faria um sorteio, sem deixar cópias. Vários se recusam a devolver. E o local da farra dos terrenos não tem a licença ambiental para tal desmembramento dos lotes urbanos. A única licença obtida no IMA foi para uma área desmembrada para apenas 30 casas, onde caberia 300. A coordenação dos Semteto vai levar o caso à justiça.
(MTL/AL)
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