segunda-feira, 28 de maio de 2012

Prefeito de Novo Lino é denunciado por crime eleitoral

 

Everaldo Barbosa (PMN) já doou parte de 300 terrenos na véspera das eleições.

 

No dia 14, cerca de 150 sem teto do MTL ocuparam a prefeitura de Novo Lino. A desocupação ocorreu mediante agenda de reunião para o dia 22, na Sede da SEINFRA em Maceió, com as presenças do Secretário Marco Fireman,  do Centro de Gerenciamento de Crises da PM,   promotora, Defensor público e o prefeito  da Cidade de Novo Lino, Everaldo Barbosa (PMN), com uma comissão dos Sem teto.

No dia da reunião  o Secretário Marco Fireman, através de sua assessoria,  desmarcou a agenda de última hora. A comissão dos sem teto já se encontrava em Maceió.  A nova data ficou para esta segunda-feira  (28). Para surpresa do MTL, quando a comissão chegou na SEINFRA  ( Maceió) às 15 horas, foi surpreendida  com a ausência do secretário. O MTL não aceitou tratar o assunto com assessoria e achou  um desrespeito do governo do estado, representado por Marco Fireman,  que estava se recusando a receber a comissão.

O clima é tenso, pois o coletivo do MTL na Cidade acusa Everaldo Barbosa de usar policiais-seguranças para ameaçar as famílias  de despejo e de cometer crimes diante de autoridades. Além de descumprir acordo mediado pelo  Desembargador James Magalhães que homologou a compra do terreno em 2008 junto à prefeitura,  a ex-proprietária e o MTL, dando direito da famílias permanecerem no terreno e pondo fim ao despejo.

"Everaldo perdeu prazo para elaboração do projeto em todo seu mandato, e  nas vésperas das eleições, está doando trezentos terrenos cometendo crime eleitoral, o que pode desiquilibrar a disputa por uso da máquina pública, mesmo com candidatura duvidosa" - disse uma liderança dos sem teto.  Segundo ele, a doação de imóvel  público não foi aprovada na câmara de vereadores . Outra  moradora sem teto denunciou, temendo se identificar,  que "a equipe do prefeito estaria exigindo título eleitoral para formular o contrato de doação".  

Técnicos da Caixa Econômica Federal  ao checar análise de permeabilidade do solo descartou uma parte do terreno para habitações pela capacidade de encharcamento em tempos chuvosos - esse espaço também é alvo de doação. Para complicar ainda mais a ação, a Defesa Civil Estadual fez uma vistoria numa rua onde foram construídas casas irregularmente e apontou sérios riscos de desabamentos, caso a prefeitura não aja para acontecer uma catástrofe. No relatório de abril, os técnicos apontaram para um estudo geológico para orientar a prefeitura sobre sua expansão urbana.  

Everaldo Barbosa, após a ocupação na prefeitura passou a recolher os papéis da cessão criminosa, tentando apagar provas da ilicitude, dizendo que faria um sorteio, sem deixar cópias. Vários se recusam a devolver. E o local da farra dos terrenos não tem a licença ambiental para tal desmembramento dos lotes urbanos. A única licença obtida no IMA foi para uma área desmembrada para apenas 30 casas, onde caberia 300. A coordenação dos Semteto vai levar o caso à justiça.

(MTL/AL)     

 

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